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Especialista na área critica postura dos governos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) entra em vigor no Brasil a partir de 2014, mas um importante material na sociedade, o pneu, já tem leis específicas para o seu descarte. No entanto, esse avanço caminha a passos lentos para sair do papel. De acordo com o engenheiro mecânico Carlos Lagarinhos, doutor no assunto pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), a destinação adequada para os pneus inservíveis ainda deixa a desejar no Brasil.

Inservíveis são os pneus que não têm mais utilidades para rodar em automóveis, ônibus ou caminhões. Apesar de duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) obrigarem os fabricantes e importadores a dar uma destinação adequada para pneus que não servem mais, as regras não estão surtindo o efeito desejado, principalmente devido à falta de incentivos, de acordo com Lagarinhos.

“No Brasil, as atividades de reutilização não são regulamentadas e não existem incentivos para a reciclagem ou utilização de matéria-prima de pneus inservíveis”, apontou o especialista à Agência Brasil.

De 2002 a abril de 2011, o descarte inadequado correspondeu a 2,1 milhões de toneladas do produto. Nesse período, os importadores de pneus novos cumpriram 97,03% das metas de descarte estabelecidas, os fabricantes, 47,3% e, os importadores de usados, 12,92%.

No país, é possível encontrar pneus jogados em lixões, rios, ruas e, até mesmo, no quintal das casas, o que pode ocasionar problemas ambientais e, até mesmo, de saúde – o mosquito transmissor da dengue, por exemplo, se reproduz em água parada alojada, muitas vezes, em pneus velhos.

Lagarinhos observou que o alto custo da coleta e do transporte de pneus descartados é a principal dificuldade para a destinação correta desse material. Outro problema levantado pelo pesquisador é que há falta de conhecimento dos consumidores sobre o destino que deve ser dado aos pneus usados.

Asfalto-borracha e Reciclanip

Uma das saídas apontadas por Lagarinhos como solução para o problema seria o aproveitamento de pneus usados como componente para asfalto. “De 2001 a 2010, somente 4,9 mil quilômetros foram pavimentados com asfalto-borracha. Existe uma série de vantagens para a sua utilização, como aumentar a vida útil do pavimento em 30%, retardar o aparecimento de trincas e selar as já existentes, e aumentar o atrito entre o pneu e o asfalto, entre outros”, explicou. Falta de incentivos também é problema.

Outra forma de amenizar danos é a Reciclanip, onde os fabricantes nacionais se unem para a coleta e destinação adequada. Ela foi criada em 1999 por representantes das empresas Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli, e que a partir de 2010 passou a contar com a Continental.

A entidade afirma ter coletado e destinado, de forma ambientalmente correta, o equivalente a 56,3 milhões de unidades de pneus de carro de passeio (280 mil toneladas) de janeiro a outubro de 2011. Segundo a Reciclanip, levando-se em conta o início do trabalho, no ano de 1999, este número chega a 1,82 milhão de toneladas de pneus inservíveis, que corresponde a 364,3 milhões de pneus de passeio.

Ainda segundo a organização, os fabricantes de pneus investiram US$ 154,4 milhões no programa até outubro de 2011. Confira onde descartar pneus usados no nossos Postos de Reciclagem.

Fonte: www.ecodesenvolvimento.org.br


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