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Inovação faz parte de programa da ONU de segurança alimentar

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A população indígena brasileira é muito extensa e diversificada. Existem várias etnias ao redor do país que vivem a base do que a natureza os proporciona. Muitos fazem o que precisam com poucos recursos, mas existem etnias, como a sul mato-grossense Guarani – Kaiowá (uma das maiores do país), que têm uma demanda maior do que outras. Para facilitar a alimentação, por exemplo, eles usavam fogões improvisados para cozinhar. No entanto, o fogo era feito de modo precário – no chão e com uma resistência de geladeira como grelha, já que a lenha ficava localizada em regiões distantes . Além do desgaste físico, tinha ainda o problema da grande quantidade de fumaça produzida por esse fogão improvisado e que era prejudicial à saúde dos moradores e principalmente à das crianças (podendo acarretar bronquite, pneumonia, sinusite e asma).

Vendo esse problema constante na aldeia dos Guarani-Kaiowá, em Panambizinho, foi elaborado um projeto com a ajuda de ONGs, agências da ONU no Brasil e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A ideia é incentivar a eficiência e sustentabilidade energética na região da caatinga para beneficiar populações indígenas. E para esse caso específico, foi criado um fogão ecológico, feito de materiais de baixo custo, como argila, areia, barro e outros itens que podem ser encontrados facilmente.

Esse programa tem o objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional de mulheres e crianças indígenas brasileiras (veja mais aqui). De acordo com a ONU, o projeto já beneficiou cerca de 53 mil indígenas de todo o país e busca integrar todas as comunidades possíveis.

O fogão

A ideia principal do fogão é a substituição da lenha grossa, que é difícil de ser coletada e ainda produz muita fumaça, por pequenos gravetos, folhas secas, cascas de árvore e sabugos de milho, que são combustíveis menos tóxicos e achados mais facilmente. As longas jornadas podem ser trocadas por visitas ao quintal e ainda aumentam o cuidado e atenção dos moradores com suas plantações e animais. Além da saúde dos moradores que melhora muito, as crianças ficam mais nutridas e com menos doenças respiratórias. E esse fogão tem o nome de ecológico, porque ainda contribui para o meio ambiente, não emitindo gás de efeito estufa.

O fogão ecológico, junto de uma cobertura que protege do sol e chuva, pode ser feito em três dias e meio. O desenho estrito da cavidade onde é colocada a lenha, junto dos materiais, funciona como isolante térmico natural. E a placa de argila que é colocada em contato com o fogo conduz o calor constantemente e ainda evita o desperdiço de energia. Mesmo depois de o fogo ter apagado, as placas de argila se mantém quentes por até cinco horas, o que possibilita cozimento de alimentos mais duros.

Conflito

Os Guarani-Kaiowá são os mesmos índios que lutam contra agricultores e proprietários de terra para conseguirem retomar os locais em que sempre viveram. A disputa já dura dez anos e nos últimos meses a disputa ganhou destaque nas redes sociais devido a uma possível ameaça coletiva de suicídio dos indígenas em protesto ao imbróglio. Para assinar a petição que colhe assinaturas a fim de evitar o massacre, clique aqui. Veja aqui a carta que os índios enviaram para o Governo e a Justiça do Brasil.


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